terça-feira, 16 de novembro de 2010

Os Lusíadas Estrutura Interna e Externa

A estrutura externa

O poema está escrito em versos decassílabos, com predomínio do decassílabo heróico (acentos para 6ª e 10ª sílabas). É considerado o metro mais adequado á poesia épica, pelo seu ritmo grave e vigoroso. Surgem também alguns exemplos raros de decassílabo sáfico (acentos na 4ª, 8ª e 10ª sílaba).

- As estrofes são de oito versos e apresentam o seguinte esquema rimático – “abababcc” ( a este tipo estrófico costuma chamar-se oitava rima, oitava heróica ou oitava italiana)

- As estrofes estão distribuídas por 10 cantos. O número de estrofes por canto vario de 87, no canto VII, a 156 no canto X. No seu conjunto, o poema apresenta 1102 estrofes.


A estrutura interna

1. As partes constituintes
Os Lusíadas constroem-se pela sucessão de quatro fontes:
- Proposição – parte introdutória, na qual o poeta anuncia o que vai cantar (Canto I, estrofes 1-3)

- Invocação – pedido de ajuda as divindades inspiradores (A principal invocação é feita as Tágides, no canto I, estrofes 4 e 5, ás Ninfas do Tejo e do Mondego, no canto VII 78-82 e, finalmente, a Calíope, no Canto X, estrofe 8)

- Dedicatória – oferecimento do poema a uma personalidade importante. (Esta parte, facultaria, pode ter origem nas Geórgicas de Virgilio ou nos Fastos de Ovídio; não existe em nenhuma das epopeias da Antiguidade)

- Narração – parte que constitui o corpo da epopeia; a narrativa das acções levadas a cabo pelo protagonista. (Começando no Canto I, estrofe 19, só termina no Canto X, estrofe 144, apresentando apenas pequenas interrupções pontuais).

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