quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Texto dramático
• Assente nas falas das personagens
• Poucas descrições
• Suporta-se na 2ª pessoa
• Tem como objectivo ser representado
• Poucas descrições
• Suporta-se na 2ª pessoa
• Tem como objectivo ser representado
D. Maria de Noronha
(personagem principal e plana)
- Nobre: sangue dos Vilhenas e dos Sousas
- Precocemente desenvolvida, física e psicologicamente
- Doente de tuberculose
- Poderosa intuição e dotada do dom da profecia
- Encarnação da Menina e Moça de Bernardim Ribeiro
- Modelo da mulher romântica: a mulher-anjo
- A única vítima inocente
- Nobre: sangue dos Vilhenas e dos Sousas
- Precocemente desenvolvida, física e psicologicamente
- Doente de tuberculose
- Poderosa intuição e dotada do dom da profecia
- Encarnação da Menina e Moça de Bernardim Ribeiro
- Modelo da mulher romântica: a mulher-anjo
- A única vítima inocente
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
D. Madalena de Vilhena
(personagem principal e plana)
- Nobre e culta
- Sentimental
- Complexo de culpa (nunca gostou de D. João, mas sim de D. Manuel)
- Torturada pelo remorso do passado
- Apaixonada, supersticiosa, pessimista, romântica (em termos de época), sensível, frágil
- Nobre e culta
- Sentimental
- Complexo de culpa (nunca gostou de D. João, mas sim de D. Manuel)
- Torturada pelo remorso do passado
- Apaixonada, supersticiosa, pessimista, romântica (em termos de época), sensível, frágil
Frei Jorge Coutinho
(personagem secundária e plana)
- Irmão de Manuel de Sousa
- Ordem dos Dominicanos
- Amigo da família
- Confidente nas horas de angústia
- É quem presencia as fraquezas de Manuel de Sousa
- Irmão de Manuel de Sousa
- Ordem dos Dominicanos
- Amigo da família
- Confidente nas horas de angústia
- É quem presencia as fraquezas de Manuel de Sousa
Telmo Pais (personagem secundária)
(personagem secundária)
- Escudeiro e aio de Maria
- Tem dois amos: D. João e Maria
- Confidente de D. Madalena
- Chama viva do passado (alimenta os terrores de D. Madalena)
- Provoca a confidência das três personagens principais
- Considerado personagem modelada num momento: durante anos, Telmo rezou para que D. João regressasse mas quando este voltou quase que desejou que se fosse embora.
D. João de Portugal
(personagem principal, plana e central)
- Nobre (família dos Vimiosos)
- Cavaleiro
- Ama a pátria e o seu rei
- Imagem da pátria cativa
- Ligado à lenda de D. Sebastião
- Nunca assume a sua identidade
- Exemplo de paradoxo/contradição: personagem ausente mas que, no desenrolar da acção, está sempre presente.
- Nobre (família dos Vimiosos)
- Cavaleiro
- Ama a pátria e o seu rei
- Imagem da pátria cativa
- Ligado à lenda de D. Sebastião
- Nunca assume a sua identidade
- Exemplo de paradoxo/contradição: personagem ausente mas que, no desenrolar da acção, está sempre presente.
Manuel de Sousa Coutinho
(personagem principal e plana)
- Nobre, cavaleiro de Malta
- Construído segundo os parâmetros do ideal da época clássica
- Racional
- Bom marido e pai terno
- Corajoso, audaz, decidido, patriota, nacionalista
- Valores: pátria, família e honra
- Excepções ao equilíbrio (momentos em que Manuel foge ao modelo clássico e tende para o romântico): cena do lenço de sangue/espectáculo excessivo do incêndio
- Nobre, cavaleiro de Malta
- Construído segundo os parâmetros do ideal da época clássica
- Racional
- Bom marido e pai terno
- Corajoso, audaz, decidido, patriota, nacionalista
- Valores: pátria, família e honra
- Excepções ao equilíbrio (momentos em que Manuel foge ao modelo clássico e tende para o romântico): cena do lenço de sangue/espectáculo excessivo do incêndio
Tempo
• Informações temporais dadas através das falas das personagens
• Período vasto de tempo (21 anos) mas a acção representada tem apenas uma semana
• Batalha de Alcácer Quibir (1578) + 7 anos + 14 anos
5 de Agosto (consequências do hoje) - madrugada
• Em cena temos apenas duas partes de dois dias
• Tempo histórico (o desenrolar da acção está dependente da batalha)
Tempo da acção
• Ao afunilamento do espaço corresponde uma concentração do tempo dum dia especial da semana: 6ª feira
• As principais cenas passam-se durante a noite.
• Período vasto de tempo (21 anos) mas a acção representada tem apenas uma semana
• Batalha de Alcácer Quibir (1578) + 7 anos + 14 anos
5 de Agosto (consequências do hoje) - madrugada
• Em cena temos apenas duas partes de dois dias
• Tempo histórico (o desenrolar da acção está dependente da batalha)
Tempo da acção
• Ao afunilamento do espaço corresponde uma concentração do tempo dum dia especial da semana: 6ª feira
• As principais cenas passam-se durante a noite.
Acção dramática
- Frei Luís de Sousa contém o drama que se abate sobre a família de Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena de Vilhena. As apreensões e pressentimentos de Madalena de que a paz e a felicidade familiar possam estar em perigo tornam-se gradualmente numa realidade. O incêndio no final do Acto I permite uma mutação dos acontecimentos e precipita a tensão dramática. E no palácio que fora de D. João de Portugal, a acção atinge o seu clímax, quer pelas recordações de imagens e de vivências, quer pela possibilidade que dá ao Romeiro de reconhecer a sua antiga casa e de se identificar a Frei Jorge.
- O Acto I inicia-se com Madalena a repetir os versos d'Os Lusíadas:
"Naquele engano d'alma ledo e cego,
que a fortuna não deixa durar muito…"
- As reflexões que se seguem transmitem, de forma explícita um presságio da desgraça que irá acontecer. Obedecendo à lógica do teatro clássico desenvolve a intriga de forma a que tudo culmine num desfecho dramático, cheio de intensidade: morte física de Maria e a morte para o mundo de Manuel e Madalena.
- O Acto I inicia-se com Madalena a repetir os versos d'Os Lusíadas:
"Naquele engano d'alma ledo e cego,
que a fortuna não deixa durar muito…"
- As reflexões que se seguem transmitem, de forma explícita um presságio da desgraça que irá acontecer. Obedecendo à lógica do teatro clássico desenvolve a intriga de forma a que tudo culmine num desfecho dramático, cheio de intensidade: morte física de Maria e a morte para o mundo de Manuel e Madalena.
Bibliografia
Obras de Almeida Garrett (primeiras edições):
1) TEXTOS
"O Retrato de Vénus", Coimbra, 1821;
"O Toucador", 1822; "O Cronista", 1827 - procura reagir contra a falta de ar livre, de larga convivência e expansão cultural da mulher portuguesa.
"Catão", Lisboa, 1822, Londres, 1830, Lisboa, 1840 (outra publicação em 1845);
"Camões", Paris, 1825 (outras edições em vida de Garrett: 1839, 1844, 1854);
"Adozinda", Londres, 1828;
"Lírica de João Mínimo", Londres, 1829; Lisboa, 1853;
O tratado "Da Educação", Londres, 1829;
" Um Auto de Gil Vicente", Lisboa, 1841;
"O Alfageme de Santarém", Lisboa, 1842;
"Romanceiro e Cancioneiro Geral" - tomo 1 (1843); tomo 2 e 3 (1851)
"Frei Luís da Sousa", Lisboa, 1843
"Flores sem fruto", Lisboa, 1845;
"O Arco de Sant'Ana", I, Lisboa, 1845; II, 1850;
"D. Filipa de Vilhena", Lisboa, 1840;
"Viagens na Minha Terra", Lisboa, 1846;
"As profecias do Bandarra", Lisboa, 1848
"Um Noivado no Dafundo", Lisboa, 1848
"A sobrinha do Marquês", Lisboa, 1848 (é uma comédia que evoca a crise social na época pombalina);
"Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira", Lisboa, 1849;
"Folhas Caídas", 1853;
"Fábulas e Folhas Caídas", 1853;
"Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas", 1871;
"O Roubo das Sabinas", ed. crítica, introdução e notas de Augusto da Costa Dias, 1968 de um poema inédito da juventude;
"Cartas de amor à viscondessa da Luz", coordenação e notas de J. Bruno Carreiro, Lisboa, s/d.
"Portugal na Balança da Europa", 1830
"Dona Branca" , Paris, 1826;
Primeiras experiências dramáticas:
"Lucrécia", representada em 1819;
"Mérope" que esteve prestes a subir ao palco e foi publicada em 1841;
"Afonso de Albuquerque"
Publicação de artigos no jornal "O Português Constitucional"
"Helena" - novela de tema brasílico e intenção social; foi a última obra realizada por Garrett, antes da sua morte.
2) ANTOLOGIAS
"Doutrinas de Estética Literária", prefácio e notas de Agostinho da Silva, colecção «Textos Literários»;
"Camões e D.Branca e Folhas Caídas e outros poemas", introdução, selecção e notas de António José Saraiva, colecção «Clássicos Portugueses»;
"Discursos Parlamentares", introdução de Manuel Mendes, colecção «Saber»;
"Poesias", selecção e apresentação por João Gaspar Simões, Porto, 1954;
"Romanceiro", introdução e selecção e notas de A. Prado Coelho, Lisboa, 1962;
1) TEXTOS
"O Retrato de Vénus", Coimbra, 1821;
"O Toucador", 1822; "O Cronista", 1827 - procura reagir contra a falta de ar livre, de larga convivência e expansão cultural da mulher portuguesa.
"Catão", Lisboa, 1822, Londres, 1830, Lisboa, 1840 (outra publicação em 1845);
"Camões", Paris, 1825 (outras edições em vida de Garrett: 1839, 1844, 1854);
"Adozinda", Londres, 1828;
"Lírica de João Mínimo", Londres, 1829; Lisboa, 1853;
O tratado "Da Educação", Londres, 1829;
" Um Auto de Gil Vicente", Lisboa, 1841;
"O Alfageme de Santarém", Lisboa, 1842;
"Romanceiro e Cancioneiro Geral" - tomo 1 (1843); tomo 2 e 3 (1851)
"Frei Luís da Sousa", Lisboa, 1843
"Flores sem fruto", Lisboa, 1845;
"O Arco de Sant'Ana", I, Lisboa, 1845; II, 1850;
"D. Filipa de Vilhena", Lisboa, 1840;
"Viagens na Minha Terra", Lisboa, 1846;
"As profecias do Bandarra", Lisboa, 1848
"Um Noivado no Dafundo", Lisboa, 1848
"A sobrinha do Marquês", Lisboa, 1848 (é uma comédia que evoca a crise social na época pombalina);
"Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira", Lisboa, 1849;
"Folhas Caídas", 1853;
"Fábulas e Folhas Caídas", 1853;
"Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas", 1871;
"O Roubo das Sabinas", ed. crítica, introdução e notas de Augusto da Costa Dias, 1968 de um poema inédito da juventude;
"Cartas de amor à viscondessa da Luz", coordenação e notas de J. Bruno Carreiro, Lisboa, s/d.
"Portugal na Balança da Europa", 1830
"Dona Branca" , Paris, 1826;
Primeiras experiências dramáticas:
"Lucrécia", representada em 1819;
"Mérope" que esteve prestes a subir ao palco e foi publicada em 1841;
"Afonso de Albuquerque"
Publicação de artigos no jornal "O Português Constitucional"
"Helena" - novela de tema brasílico e intenção social; foi a última obra realizada por Garrett, antes da sua morte.
2) ANTOLOGIAS
"Doutrinas de Estética Literária", prefácio e notas de Agostinho da Silva, colecção «Textos Literários»;
"Camões e D.Branca e Folhas Caídas e outros poemas", introdução, selecção e notas de António José Saraiva, colecção «Clássicos Portugueses»;
"Discursos Parlamentares", introdução de Manuel Mendes, colecção «Saber»;
"Poesias", selecção e apresentação por João Gaspar Simões, Porto, 1954;
"Romanceiro", introdução e selecção e notas de A. Prado Coelho, Lisboa, 1962;
Biografia
- Almeida Garrett nasceu no Porto, no dia 4 de Fevereiro de 1799 e faleceu no dia 9 de Dezembro de 1854.
Cursou Direito em Coimbra e desempenhou vários cargos ao longo da sua vida. Desempenhou um papel activo na vida cultural do País. A ele se deve a criação de um teatro nacional e de uma escola de formação de artistas.
- O romance tradicional A Bela Infanta está inserido no Romanceiro de Almeida Garrett resultado de uma recolha por si efectuada de lendas e tradições medievais.
- Obras do escritor
- Algumas das suas obras mais conhecidas são:
Um Alfageme de Santarém
Frei Luís de Sousa
Flores sem Fruto
Viagens na Minha Terra
Folhas Caídas
Cursou Direito em Coimbra e desempenhou vários cargos ao longo da sua vida. Desempenhou um papel activo na vida cultural do País. A ele se deve a criação de um teatro nacional e de uma escola de formação de artistas.
- O romance tradicional A Bela Infanta está inserido no Romanceiro de Almeida Garrett resultado de uma recolha por si efectuada de lendas e tradições medievais.
- Obras do escritor
- Algumas das suas obras mais conhecidas são:
Um Alfageme de Santarém
Frei Luís de Sousa
Flores sem Fruto
Viagens na Minha Terra
Folhas Caídas
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Linguagem e estilo de José Saramago
- Uso predominante do presente do indicativo;
- Uso do polissíndeto (letra e)
- Uso da enumeração;
- Aproveitamento de provérbios e aforismos;
- Uso de trocadilhos;
- Uso da ironia;
- Presença da metáfora sugestiva;
- Jogo de expressões antinómicas;
- Uso de uma linguagem barroca devido ao carácter detalhado da escrita;
- Criação de neologismos;
- Uso de termos anacrónicos (palavras antiquadas)
- Uso do polissíndeto (letra e)
- Uso da enumeração;
- Aproveitamento de provérbios e aforismos;
- Uso de trocadilhos;
- Uso da ironia;
- Presença da metáfora sugestiva;
- Jogo de expressões antinómicas;
- Uso de uma linguagem barroca devido ao carácter detalhado da escrita;
- Criação de neologismos;
- Uso de termos anacrónicos (palavras antiquadas)
Elementos simbólicos
Sete
- Representando simbolicamente a totalidade do universo em movimento, o sete é o somatório dos quatro pontos cardeais com a trindade divina.
- A sua presença, no nome de Blimunda e Baltasar, tem um significado dual, uma vez que se liga à mudança de um ciclo e renovação positiva. Evidencia a harmonia cosmogónica (o dia e a noite), representando metaforicamente a totalidade.
Nove
- Representa a gestação, a renovação e o nascimento. Blimunda procura Baltasar por nove anos, a sua separação originou a fragmentação da unidade representada pelo par.
Passarola
- Simboliza o elo de ligação entre o céu e a terra. A passarola encerra o valor de dois símbolos que aparentemente se opõem: a barca e a ave. Todavia, se pensarmos que a barca remete para a viagem e a ave remete para a liberdade, concluímos que a passarola, pelo seu movimento ascensional, representa metaforicamente a alma que ascende aos céus. Assim, esta representa a libertação do espírito e a passagem para um outro estado de existência.
- Representando simbolicamente a totalidade do universo em movimento, o sete é o somatório dos quatro pontos cardeais com a trindade divina.
- A sua presença, no nome de Blimunda e Baltasar, tem um significado dual, uma vez que se liga à mudança de um ciclo e renovação positiva. Evidencia a harmonia cosmogónica (o dia e a noite), representando metaforicamente a totalidade.
Nove
- Representa a gestação, a renovação e o nascimento. Blimunda procura Baltasar por nove anos, a sua separação originou a fragmentação da unidade representada pelo par.
Passarola
- Simboliza o elo de ligação entre o céu e a terra. A passarola encerra o valor de dois símbolos que aparentemente se opõem: a barca e a ave. Todavia, se pensarmos que a barca remete para a viagem e a ave remete para a liberdade, concluímos que a passarola, pelo seu movimento ascensional, representa metaforicamente a alma que ascende aos céus. Assim, esta representa a libertação do espírito e a passagem para um outro estado de existência.
Narrador
- Na obra “Memorial do Convento” o narrador é maioritariamente heterodiegético, quanto à presença, e omnisciente, quanto à ciência/focalização.
Espaço / Tempo da obra
Espaço
- Físico: Lisboa, Mafra
- Social: procissão da Quaresma, autos-de-fé, tourada, procissão de Corpo de Deus, o trabalho no convento, a miséria no Alentejo e cortejo real.
- Psicológico: os sonhos e os pensamentos.
Tempo
- Tempo histórico – a acção do romance tem início no ano de 1711.
- Tempo do discurso – É revelado através da forma como o narrador relata os acontecimentos.
- Físico: Lisboa, Mafra
- Social: procissão da Quaresma, autos-de-fé, tourada, procissão de Corpo de Deus, o trabalho no convento, a miséria no Alentejo e cortejo real.
- Psicológico: os sonhos e os pensamentos.
Tempo
- Tempo histórico – a acção do romance tem início no ano de 1711.
- Tempo do discurso – É revelado através da forma como o narrador relata os acontecimentos.
Acções secundárias
-A história de amor que liga Baltasar e Blimunda.
- A construção da passarola.
- O sonho de um padre excêntrico - A grandeza do homem que supera as suas limitações e desafia os códigos morais e culturais da época
- A construção da passarola.
- O sonho de um padre excêntrico - A grandeza do homem que supera as suas limitações e desafia os códigos morais e culturais da época
Acção principal
- A construção do convento, como pagamento de uma promessa do rei, que queria um herdeiro.
- O sacrifício do povo que nele trabalhou.
- O sonho de um rei megalómano e vaidoso
– a miséria do povo, humilhado e explorado.
- O sacrifício do povo que nele trabalhou.
- O sonho de um rei megalómano e vaidoso
– a miséria do povo, humilhado e explorado.
Domenico Scarlatti
- Scarlatti representa a arte que, aliada ao sonho, permite a cura de Blimunda e possibilita a conclusão e o voo da passarola.
O Povo
- O verdadeiro protagonista de Memorial do Convento é o povo trabalhador. Espoliado, rude, violento, o povo atravessa toda a narrativa, numa construção de figuras que, embora corporizadas por Baltasar e Blimunda, tipificam a massa colectiva e anónima que construiu, de facto, o convento.
-A crítica e o olhar mordaz do narrador enfatizam a escravidão a que foram sujeitos quarenta mil portugueses, para alimentar o sonho de um rei megalómano ao qual se atribui a edificação do Convento de Mafra.
- A necessidade de individualizar personagens que representam a força motriz que erigiu o palácio-convento, sob um regime opressivo, é a verdadeira elegia de Saramago para todos aqueles que, embora ficcionais, traduzem a essência de ser português:
- GRANDES FEITOS, COM GRANDE ESFORÇO E CAPACIDADE DE SOFRIMENTO
-A crítica e o olhar mordaz do narrador enfatizam a escravidão a que foram sujeitos quarenta mil portugueses, para alimentar o sonho de um rei megalómano ao qual se atribui a edificação do Convento de Mafra.
- A necessidade de individualizar personagens que representam a força motriz que erigiu o palácio-convento, sob um regime opressivo, é a verdadeira elegia de Saramago para todos aqueles que, embora ficcionais, traduzem a essência de ser português:
- GRANDES FEITOS, COM GRANDE ESFORÇO E CAPACIDADE DE SOFRIMENTO
Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão
- O padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão representa as novas ideias que causavam estranheza na inculta sociedade portuguesa.
- Estrangeirado, Bartolomeu de Gusmão tornou-se um alvo apetecido da chacota da corte e da Inquisição, apesar da protecção real.
- Homem curioso e grande orador sacro (a sua fama aproxima-o do padre António Vieira).
- Bartolomeu de Gusmão evidenciou, ao longo da obra, uma profunda crise de fé, a que as leituras diversificadas e a postura "antidogmática" não serão alheios, numa busca incessante do saber.
- A sua personagem risível - era conhecido por "Voador" - torna-o elemento catalisador do voo da passarola, conjuntamente com Baltasar e Blimunda.
- A tríade corporiza o sonho e o empenho tornados realidade, a par da desgraça, também ela, partilhada (loucura e morte, em Toledo, de Bartolomeu de Gusmão, morte de Baltasar Sete-Sóis no auto-de-fé e solidão de Blimunda).
- Estrangeirado, Bartolomeu de Gusmão tornou-se um alvo apetecido da chacota da corte e da Inquisição, apesar da protecção real.
- Homem curioso e grande orador sacro (a sua fama aproxima-o do padre António Vieira).
- Bartolomeu de Gusmão evidenciou, ao longo da obra, uma profunda crise de fé, a que as leituras diversificadas e a postura "antidogmática" não serão alheios, numa busca incessante do saber.
- A sua personagem risível - era conhecido por "Voador" - torna-o elemento catalisador do voo da passarola, conjuntamente com Baltasar e Blimunda.
- A tríade corporiza o sonho e o empenho tornados realidade, a par da desgraça, também ela, partilhada (loucura e morte, em Toledo, de Bartolomeu de Gusmão, morte de Baltasar Sete-Sóis no auto-de-fé e solidão de Blimunda).
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