1. Loira
2. Desastre
3. Vaidosa
4. Esplêndida
5. Arrojos
6. Cinismos
7. Heroísmos
8. Lúbrica
9. Eu e Ela
10. Manias
11. Pró Pudor
12. Lágrimas
13. Impossível
14. Frígida
15. Noite Fechada
16. Flores Velhas
17. Noites Gélidas
18. Num Bairro Moderno
19. A Débil
20. Contrariedades
domingo, 20 de março de 2011
Cesário Verde Vida e Obra
- José Joaquim Cesário Verde (Lisboa, 25 de Fevereiro de 1855 — Lumiar, 19 de Julho de 1886) foi um poeta português, sendo considerado um dos precursores da poesia que seria feita em Portugal no século XX.
- Filho do lavrador e comerciante José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos Verde, Cesário matriculou-se no Curso Superior de Letras em 1873, mas apenas - o frequentou alguns meses. Ali conheceu Silva Pinto, que ficou seu amigo para o resto da vida. Dividia-se entre a produção de poesias (publicadas em jornais) e as actividades de comerciante herdadas do pai.
- Em 1877 começou a ter sintomas de tuberculose, doença que já lhe tirara o irmão e a irmã. Estas mortes inspiraram contudo um de seus principais poemas, Nós (1884).
- Tenta curar-se da tuberculose, mas sem sucesso, vem a falecer no dia 19 de Julho de 1886. No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde, compilação da sua poesia publicada em 1901.
- No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, que são os seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se de uma forma mais natural.
Espaço e Acção
A acção de "Os Maias" passa-se em Lisboa, na segunda metade do séc. XIX, e apresenta-nos a história de três gerações da família Maia.
- Os espaços físicos apresentados ao longo da obra são os seguintes:
- Santa Olávia:
- Lisboa
- Ramalhete
- A Cascata
- Consultório de Carlos
- Casa de Maria Eduarda
- Os espaços físicos apresentados ao longo da obra são os seguintes:
- Santa Olávia:
- Lisboa
- Ramalhete
- A Cascata
- Consultório de Carlos
- Casa de Maria Eduarda
Tempo
- Os Maias, o tempo histórico é dominado pelo encadeamento de três gerações de uma família, cujo último membro (Carlos), se destaca relativamente aos outros.
- A fronteira cronológica situa-se entre 1820 e 1887, aproximadamente.
- Assim, o tempo concreto da intriga compreende cerca de 70 anos.
- A fronteira cronológica situa-se entre 1820 e 1887, aproximadamente.
- Assim, o tempo concreto da intriga compreende cerca de 70 anos.
Maria Monforte
Caracterização Física
- É extremamente bela e sensual.
- Tinha os cabelos loiros, "a testa curta e clássica, o colo ebúrneo".
Caracterização Psicológica
- É vítima da literatura romântica e daqui deriva o seu carácter pobre, excêntrico e excessivo.
- Costumavam chamar-lhe negreira porque o seu pai levara, noutros tempos, cargas de negros para o Brasil, Havana e Nova Orleans.
- Apaixonou-se por Pedro e casou com ele.
- Desse casamento nasceram dois filhos.
- Mais tarde foge com o napolitano, Tancredo, levando consigo a filha, Maria Eduarda, e abandonando o marido e o filho - Carlos Eduardo.
- É extremamente bela e sensual.
- Tinha os cabelos loiros, "a testa curta e clássica, o colo ebúrneo".
Caracterização Psicológica
- É vítima da literatura romântica e daqui deriva o seu carácter pobre, excêntrico e excessivo.
- Costumavam chamar-lhe negreira porque o seu pai levara, noutros tempos, cargas de negros para o Brasil, Havana e Nova Orleans.
- Apaixonou-se por Pedro e casou com ele.
- Desse casamento nasceram dois filhos.
- Mais tarde foge com o napolitano, Tancredo, levando consigo a filha, Maria Eduarda, e abandonando o marido e o filho - Carlos Eduardo.
Maria Eduarda
- Maria Eduarda era uma bela mulher:
- alta, loira, bem feita, sensual mas delicada, "com um passo soberano de deusa".
- alta, loira, bem feita, sensual mas delicada, "com um passo soberano de deusa".
Carlos da Maia
Caracterização Física
- Carlos era um belo e magnífico rapaz.
- Era alto, bem constituído, de ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos negros e ondulados.
- Tinha barba fina, castanha escura, pequena e aguçada no queixo.
- O bigode era arqueado aos cantos da boca. Com diz Eça, ele tinha uma fisionomia de "belo cavaleiro da Renascença".
Caracterização Psicológica
- Carlos era culto, bem educado, de gostos requintados.
- Ao contrário do seu pai, é fruto de uma educação à Inglesa.
- É corajoso e frontal. Amigo do seu amigo e generoso.
- Destaca-se na sua personalidade o cosmopolitismo, a sensualidade, o gosto pelo luxo, e diletantismo (incapacidade de se fixar num projecto sério).
- Carlos era um belo e magnífico rapaz.
- Era alto, bem constituído, de ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos negros e ondulados.
- Tinha barba fina, castanha escura, pequena e aguçada no queixo.
- O bigode era arqueado aos cantos da boca. Com diz Eça, ele tinha uma fisionomia de "belo cavaleiro da Renascença".
Caracterização Psicológica
- Carlos era culto, bem educado, de gostos requintados.
- Ao contrário do seu pai, é fruto de uma educação à Inglesa.
- É corajoso e frontal. Amigo do seu amigo e generoso.
- Destaca-se na sua personalidade o cosmopolitismo, a sensualidade, o gosto pelo luxo, e diletantismo (incapacidade de se fixar num projecto sério).
Afonso da Maia
Caracterização Física
- Afonso era baixo,
- maciço, de ombros quadrados e fortes.
- A sua cara larga, o nariz aquilino e a pele corada.
- O cabelo era branco, muito curto e a barba branca e comprida.
- Como dizia Carlos: "lembrava um varão esforçado das idas heróicas, um D. Duarte Meneses ou um Afonso de Albuquerque".
Caracterização Psicológica
- personagem mais simpática do romance e aquele que o autor mais valorizou.
- Não se lhe conhecem defeitos.
- É um homem de carácter culto e requintado nos gostos.
- Enquanto jovem adere aos ideais do Liberalismo e é obrigado, pelo seu pai, a sair de casa; instala-se em Inglaterra mas, falecido o pai, regressa a Lisboa para casar com Maria Eduarda Runa. Dedica a sua vida ao neto Carlos.
- Afonso era baixo,
- maciço, de ombros quadrados e fortes.
- A sua cara larga, o nariz aquilino e a pele corada.
- O cabelo era branco, muito curto e a barba branca e comprida.
- Como dizia Carlos: "lembrava um varão esforçado das idas heróicas, um D. Duarte Meneses ou um Afonso de Albuquerque".
Caracterização Psicológica
- personagem mais simpática do romance e aquele que o autor mais valorizou.
- Não se lhe conhecem defeitos.
- É um homem de carácter culto e requintado nos gostos.
- Enquanto jovem adere aos ideais do Liberalismo e é obrigado, pelo seu pai, a sair de casa; instala-se em Inglaterra mas, falecido o pai, regressa a Lisboa para casar com Maria Eduarda Runa. Dedica a sua vida ao neto Carlos.
Pedro da Maia
Caracterização Física
- Era pequenino,
- face oval de "um trigueiro cálido",
- olhos belos – "assemelhavam-no a um belo árabe".
- Valentia física.
Caracterização Psicológica
- Pedro da Maia apresentava um temperamento nervoso, fraco e de grande instabilidade emocional. Tinha assiduamente crises de "melancolia negra que o traziam dias e dias, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho".
- Pedro é vítima do meio baixo lisboeta e de uma educação retrograda. O seu único sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe.
- Apesar da robustez física é de uma enorme cobardia moral (como demonstra a reacção do suicídio face à fuga da mulher). Falha no casamento e falha como homem.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Texto dramático
• Assente nas falas das personagens
• Poucas descrições
• Suporta-se na 2ª pessoa
• Tem como objectivo ser representado
• Poucas descrições
• Suporta-se na 2ª pessoa
• Tem como objectivo ser representado
D. Maria de Noronha
(personagem principal e plana)
- Nobre: sangue dos Vilhenas e dos Sousas
- Precocemente desenvolvida, física e psicologicamente
- Doente de tuberculose
- Poderosa intuição e dotada do dom da profecia
- Encarnação da Menina e Moça de Bernardim Ribeiro
- Modelo da mulher romântica: a mulher-anjo
- A única vítima inocente
- Nobre: sangue dos Vilhenas e dos Sousas
- Precocemente desenvolvida, física e psicologicamente
- Doente de tuberculose
- Poderosa intuição e dotada do dom da profecia
- Encarnação da Menina e Moça de Bernardim Ribeiro
- Modelo da mulher romântica: a mulher-anjo
- A única vítima inocente
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
D. Madalena de Vilhena
(personagem principal e plana)
- Nobre e culta
- Sentimental
- Complexo de culpa (nunca gostou de D. João, mas sim de D. Manuel)
- Torturada pelo remorso do passado
- Apaixonada, supersticiosa, pessimista, romântica (em termos de época), sensível, frágil
- Nobre e culta
- Sentimental
- Complexo de culpa (nunca gostou de D. João, mas sim de D. Manuel)
- Torturada pelo remorso do passado
- Apaixonada, supersticiosa, pessimista, romântica (em termos de época), sensível, frágil
Frei Jorge Coutinho
(personagem secundária e plana)
- Irmão de Manuel de Sousa
- Ordem dos Dominicanos
- Amigo da família
- Confidente nas horas de angústia
- É quem presencia as fraquezas de Manuel de Sousa
- Irmão de Manuel de Sousa
- Ordem dos Dominicanos
- Amigo da família
- Confidente nas horas de angústia
- É quem presencia as fraquezas de Manuel de Sousa
Telmo Pais (personagem secundária)
(personagem secundária)
- Escudeiro e aio de Maria
- Tem dois amos: D. João e Maria
- Confidente de D. Madalena
- Chama viva do passado (alimenta os terrores de D. Madalena)
- Provoca a confidência das três personagens principais
- Considerado personagem modelada num momento: durante anos, Telmo rezou para que D. João regressasse mas quando este voltou quase que desejou que se fosse embora.
D. João de Portugal
(personagem principal, plana e central)
- Nobre (família dos Vimiosos)
- Cavaleiro
- Ama a pátria e o seu rei
- Imagem da pátria cativa
- Ligado à lenda de D. Sebastião
- Nunca assume a sua identidade
- Exemplo de paradoxo/contradição: personagem ausente mas que, no desenrolar da acção, está sempre presente.
- Nobre (família dos Vimiosos)
- Cavaleiro
- Ama a pátria e o seu rei
- Imagem da pátria cativa
- Ligado à lenda de D. Sebastião
- Nunca assume a sua identidade
- Exemplo de paradoxo/contradição: personagem ausente mas que, no desenrolar da acção, está sempre presente.
Manuel de Sousa Coutinho
(personagem principal e plana)
- Nobre, cavaleiro de Malta
- Construído segundo os parâmetros do ideal da época clássica
- Racional
- Bom marido e pai terno
- Corajoso, audaz, decidido, patriota, nacionalista
- Valores: pátria, família e honra
- Excepções ao equilíbrio (momentos em que Manuel foge ao modelo clássico e tende para o romântico): cena do lenço de sangue/espectáculo excessivo do incêndio
- Nobre, cavaleiro de Malta
- Construído segundo os parâmetros do ideal da época clássica
- Racional
- Bom marido e pai terno
- Corajoso, audaz, decidido, patriota, nacionalista
- Valores: pátria, família e honra
- Excepções ao equilíbrio (momentos em que Manuel foge ao modelo clássico e tende para o romântico): cena do lenço de sangue/espectáculo excessivo do incêndio
Tempo
• Informações temporais dadas através das falas das personagens
• Período vasto de tempo (21 anos) mas a acção representada tem apenas uma semana
• Batalha de Alcácer Quibir (1578) + 7 anos + 14 anos
5 de Agosto (consequências do hoje) - madrugada
• Em cena temos apenas duas partes de dois dias
• Tempo histórico (o desenrolar da acção está dependente da batalha)
Tempo da acção
• Ao afunilamento do espaço corresponde uma concentração do tempo dum dia especial da semana: 6ª feira
• As principais cenas passam-se durante a noite.
• Período vasto de tempo (21 anos) mas a acção representada tem apenas uma semana
• Batalha de Alcácer Quibir (1578) + 7 anos + 14 anos
5 de Agosto (consequências do hoje) - madrugada
• Em cena temos apenas duas partes de dois dias
• Tempo histórico (o desenrolar da acção está dependente da batalha)
Tempo da acção
• Ao afunilamento do espaço corresponde uma concentração do tempo dum dia especial da semana: 6ª feira
• As principais cenas passam-se durante a noite.
Acção dramática
- Frei Luís de Sousa contém o drama que se abate sobre a família de Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena de Vilhena. As apreensões e pressentimentos de Madalena de que a paz e a felicidade familiar possam estar em perigo tornam-se gradualmente numa realidade. O incêndio no final do Acto I permite uma mutação dos acontecimentos e precipita a tensão dramática. E no palácio que fora de D. João de Portugal, a acção atinge o seu clímax, quer pelas recordações de imagens e de vivências, quer pela possibilidade que dá ao Romeiro de reconhecer a sua antiga casa e de se identificar a Frei Jorge.
- O Acto I inicia-se com Madalena a repetir os versos d'Os Lusíadas:
"Naquele engano d'alma ledo e cego,
que a fortuna não deixa durar muito…"
- As reflexões que se seguem transmitem, de forma explícita um presságio da desgraça que irá acontecer. Obedecendo à lógica do teatro clássico desenvolve a intriga de forma a que tudo culmine num desfecho dramático, cheio de intensidade: morte física de Maria e a morte para o mundo de Manuel e Madalena.
- O Acto I inicia-se com Madalena a repetir os versos d'Os Lusíadas:
"Naquele engano d'alma ledo e cego,
que a fortuna não deixa durar muito…"
- As reflexões que se seguem transmitem, de forma explícita um presságio da desgraça que irá acontecer. Obedecendo à lógica do teatro clássico desenvolve a intriga de forma a que tudo culmine num desfecho dramático, cheio de intensidade: morte física de Maria e a morte para o mundo de Manuel e Madalena.
Bibliografia
Obras de Almeida Garrett (primeiras edições):
1) TEXTOS
"O Retrato de Vénus", Coimbra, 1821;
"O Toucador", 1822; "O Cronista", 1827 - procura reagir contra a falta de ar livre, de larga convivência e expansão cultural da mulher portuguesa.
"Catão", Lisboa, 1822, Londres, 1830, Lisboa, 1840 (outra publicação em 1845);
"Camões", Paris, 1825 (outras edições em vida de Garrett: 1839, 1844, 1854);
"Adozinda", Londres, 1828;
"Lírica de João Mínimo", Londres, 1829; Lisboa, 1853;
O tratado "Da Educação", Londres, 1829;
" Um Auto de Gil Vicente", Lisboa, 1841;
"O Alfageme de Santarém", Lisboa, 1842;
"Romanceiro e Cancioneiro Geral" - tomo 1 (1843); tomo 2 e 3 (1851)
"Frei Luís da Sousa", Lisboa, 1843
"Flores sem fruto", Lisboa, 1845;
"O Arco de Sant'Ana", I, Lisboa, 1845; II, 1850;
"D. Filipa de Vilhena", Lisboa, 1840;
"Viagens na Minha Terra", Lisboa, 1846;
"As profecias do Bandarra", Lisboa, 1848
"Um Noivado no Dafundo", Lisboa, 1848
"A sobrinha do Marquês", Lisboa, 1848 (é uma comédia que evoca a crise social na época pombalina);
"Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira", Lisboa, 1849;
"Folhas Caídas", 1853;
"Fábulas e Folhas Caídas", 1853;
"Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas", 1871;
"O Roubo das Sabinas", ed. crítica, introdução e notas de Augusto da Costa Dias, 1968 de um poema inédito da juventude;
"Cartas de amor à viscondessa da Luz", coordenação e notas de J. Bruno Carreiro, Lisboa, s/d.
"Portugal na Balança da Europa", 1830
"Dona Branca" , Paris, 1826;
Primeiras experiências dramáticas:
"Lucrécia", representada em 1819;
"Mérope" que esteve prestes a subir ao palco e foi publicada em 1841;
"Afonso de Albuquerque"
Publicação de artigos no jornal "O Português Constitucional"
"Helena" - novela de tema brasílico e intenção social; foi a última obra realizada por Garrett, antes da sua morte.
2) ANTOLOGIAS
"Doutrinas de Estética Literária", prefácio e notas de Agostinho da Silva, colecção «Textos Literários»;
"Camões e D.Branca e Folhas Caídas e outros poemas", introdução, selecção e notas de António José Saraiva, colecção «Clássicos Portugueses»;
"Discursos Parlamentares", introdução de Manuel Mendes, colecção «Saber»;
"Poesias", selecção e apresentação por João Gaspar Simões, Porto, 1954;
"Romanceiro", introdução e selecção e notas de A. Prado Coelho, Lisboa, 1962;
1) TEXTOS
"O Retrato de Vénus", Coimbra, 1821;
"O Toucador", 1822; "O Cronista", 1827 - procura reagir contra a falta de ar livre, de larga convivência e expansão cultural da mulher portuguesa.
"Catão", Lisboa, 1822, Londres, 1830, Lisboa, 1840 (outra publicação em 1845);
"Camões", Paris, 1825 (outras edições em vida de Garrett: 1839, 1844, 1854);
"Adozinda", Londres, 1828;
"Lírica de João Mínimo", Londres, 1829; Lisboa, 1853;
O tratado "Da Educação", Londres, 1829;
" Um Auto de Gil Vicente", Lisboa, 1841;
"O Alfageme de Santarém", Lisboa, 1842;
"Romanceiro e Cancioneiro Geral" - tomo 1 (1843); tomo 2 e 3 (1851)
"Frei Luís da Sousa", Lisboa, 1843
"Flores sem fruto", Lisboa, 1845;
"O Arco de Sant'Ana", I, Lisboa, 1845; II, 1850;
"D. Filipa de Vilhena", Lisboa, 1840;
"Viagens na Minha Terra", Lisboa, 1846;
"As profecias do Bandarra", Lisboa, 1848
"Um Noivado no Dafundo", Lisboa, 1848
"A sobrinha do Marquês", Lisboa, 1848 (é uma comédia que evoca a crise social na época pombalina);
"Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira", Lisboa, 1849;
"Folhas Caídas", 1853;
"Fábulas e Folhas Caídas", 1853;
"Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas", 1871;
"O Roubo das Sabinas", ed. crítica, introdução e notas de Augusto da Costa Dias, 1968 de um poema inédito da juventude;
"Cartas de amor à viscondessa da Luz", coordenação e notas de J. Bruno Carreiro, Lisboa, s/d.
"Portugal na Balança da Europa", 1830
"Dona Branca" , Paris, 1826;
Primeiras experiências dramáticas:
"Lucrécia", representada em 1819;
"Mérope" que esteve prestes a subir ao palco e foi publicada em 1841;
"Afonso de Albuquerque"
Publicação de artigos no jornal "O Português Constitucional"
"Helena" - novela de tema brasílico e intenção social; foi a última obra realizada por Garrett, antes da sua morte.
2) ANTOLOGIAS
"Doutrinas de Estética Literária", prefácio e notas de Agostinho da Silva, colecção «Textos Literários»;
"Camões e D.Branca e Folhas Caídas e outros poemas", introdução, selecção e notas de António José Saraiva, colecção «Clássicos Portugueses»;
"Discursos Parlamentares", introdução de Manuel Mendes, colecção «Saber»;
"Poesias", selecção e apresentação por João Gaspar Simões, Porto, 1954;
"Romanceiro", introdução e selecção e notas de A. Prado Coelho, Lisboa, 1962;
Biografia
- Almeida Garrett nasceu no Porto, no dia 4 de Fevereiro de 1799 e faleceu no dia 9 de Dezembro de 1854.
Cursou Direito em Coimbra e desempenhou vários cargos ao longo da sua vida. Desempenhou um papel activo na vida cultural do País. A ele se deve a criação de um teatro nacional e de uma escola de formação de artistas.
- O romance tradicional A Bela Infanta está inserido no Romanceiro de Almeida Garrett resultado de uma recolha por si efectuada de lendas e tradições medievais.
- Obras do escritor
- Algumas das suas obras mais conhecidas são:
Um Alfageme de Santarém
Frei Luís de Sousa
Flores sem Fruto
Viagens na Minha Terra
Folhas Caídas
Cursou Direito em Coimbra e desempenhou vários cargos ao longo da sua vida. Desempenhou um papel activo na vida cultural do País. A ele se deve a criação de um teatro nacional e de uma escola de formação de artistas.
- O romance tradicional A Bela Infanta está inserido no Romanceiro de Almeida Garrett resultado de uma recolha por si efectuada de lendas e tradições medievais.
- Obras do escritor
- Algumas das suas obras mais conhecidas são:
Um Alfageme de Santarém
Frei Luís de Sousa
Flores sem Fruto
Viagens na Minha Terra
Folhas Caídas
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Linguagem e estilo de José Saramago
- Uso predominante do presente do indicativo;
- Uso do polissíndeto (letra e)
- Uso da enumeração;
- Aproveitamento de provérbios e aforismos;
- Uso de trocadilhos;
- Uso da ironia;
- Presença da metáfora sugestiva;
- Jogo de expressões antinómicas;
- Uso de uma linguagem barroca devido ao carácter detalhado da escrita;
- Criação de neologismos;
- Uso de termos anacrónicos (palavras antiquadas)
- Uso do polissíndeto (letra e)
- Uso da enumeração;
- Aproveitamento de provérbios e aforismos;
- Uso de trocadilhos;
- Uso da ironia;
- Presença da metáfora sugestiva;
- Jogo de expressões antinómicas;
- Uso de uma linguagem barroca devido ao carácter detalhado da escrita;
- Criação de neologismos;
- Uso de termos anacrónicos (palavras antiquadas)
Elementos simbólicos
Sete
- Representando simbolicamente a totalidade do universo em movimento, o sete é o somatório dos quatro pontos cardeais com a trindade divina.
- A sua presença, no nome de Blimunda e Baltasar, tem um significado dual, uma vez que se liga à mudança de um ciclo e renovação positiva. Evidencia a harmonia cosmogónica (o dia e a noite), representando metaforicamente a totalidade.
Nove
- Representa a gestação, a renovação e o nascimento. Blimunda procura Baltasar por nove anos, a sua separação originou a fragmentação da unidade representada pelo par.
Passarola
- Simboliza o elo de ligação entre o céu e a terra. A passarola encerra o valor de dois símbolos que aparentemente se opõem: a barca e a ave. Todavia, se pensarmos que a barca remete para a viagem e a ave remete para a liberdade, concluímos que a passarola, pelo seu movimento ascensional, representa metaforicamente a alma que ascende aos céus. Assim, esta representa a libertação do espírito e a passagem para um outro estado de existência.
- Representando simbolicamente a totalidade do universo em movimento, o sete é o somatório dos quatro pontos cardeais com a trindade divina.
- A sua presença, no nome de Blimunda e Baltasar, tem um significado dual, uma vez que se liga à mudança de um ciclo e renovação positiva. Evidencia a harmonia cosmogónica (o dia e a noite), representando metaforicamente a totalidade.
Nove
- Representa a gestação, a renovação e o nascimento. Blimunda procura Baltasar por nove anos, a sua separação originou a fragmentação da unidade representada pelo par.
Passarola
- Simboliza o elo de ligação entre o céu e a terra. A passarola encerra o valor de dois símbolos que aparentemente se opõem: a barca e a ave. Todavia, se pensarmos que a barca remete para a viagem e a ave remete para a liberdade, concluímos que a passarola, pelo seu movimento ascensional, representa metaforicamente a alma que ascende aos céus. Assim, esta representa a libertação do espírito e a passagem para um outro estado de existência.
Narrador
- Na obra “Memorial do Convento” o narrador é maioritariamente heterodiegético, quanto à presença, e omnisciente, quanto à ciência/focalização.
Espaço / Tempo da obra
Espaço
- Físico: Lisboa, Mafra
- Social: procissão da Quaresma, autos-de-fé, tourada, procissão de Corpo de Deus, o trabalho no convento, a miséria no Alentejo e cortejo real.
- Psicológico: os sonhos e os pensamentos.
Tempo
- Tempo histórico – a acção do romance tem início no ano de 1711.
- Tempo do discurso – É revelado através da forma como o narrador relata os acontecimentos.
- Físico: Lisboa, Mafra
- Social: procissão da Quaresma, autos-de-fé, tourada, procissão de Corpo de Deus, o trabalho no convento, a miséria no Alentejo e cortejo real.
- Psicológico: os sonhos e os pensamentos.
Tempo
- Tempo histórico – a acção do romance tem início no ano de 1711.
- Tempo do discurso – É revelado através da forma como o narrador relata os acontecimentos.
Acções secundárias
-A história de amor que liga Baltasar e Blimunda.
- A construção da passarola.
- O sonho de um padre excêntrico - A grandeza do homem que supera as suas limitações e desafia os códigos morais e culturais da época
- A construção da passarola.
- O sonho de um padre excêntrico - A grandeza do homem que supera as suas limitações e desafia os códigos morais e culturais da época
Acção principal
- A construção do convento, como pagamento de uma promessa do rei, que queria um herdeiro.
- O sacrifício do povo que nele trabalhou.
- O sonho de um rei megalómano e vaidoso
– a miséria do povo, humilhado e explorado.
- O sacrifício do povo que nele trabalhou.
- O sonho de um rei megalómano e vaidoso
– a miséria do povo, humilhado e explorado.
Domenico Scarlatti
- Scarlatti representa a arte que, aliada ao sonho, permite a cura de Blimunda e possibilita a conclusão e o voo da passarola.
O Povo
- O verdadeiro protagonista de Memorial do Convento é o povo trabalhador. Espoliado, rude, violento, o povo atravessa toda a narrativa, numa construção de figuras que, embora corporizadas por Baltasar e Blimunda, tipificam a massa colectiva e anónima que construiu, de facto, o convento.
-A crítica e o olhar mordaz do narrador enfatizam a escravidão a que foram sujeitos quarenta mil portugueses, para alimentar o sonho de um rei megalómano ao qual se atribui a edificação do Convento de Mafra.
- A necessidade de individualizar personagens que representam a força motriz que erigiu o palácio-convento, sob um regime opressivo, é a verdadeira elegia de Saramago para todos aqueles que, embora ficcionais, traduzem a essência de ser português:
- GRANDES FEITOS, COM GRANDE ESFORÇO E CAPACIDADE DE SOFRIMENTO
-A crítica e o olhar mordaz do narrador enfatizam a escravidão a que foram sujeitos quarenta mil portugueses, para alimentar o sonho de um rei megalómano ao qual se atribui a edificação do Convento de Mafra.
- A necessidade de individualizar personagens que representam a força motriz que erigiu o palácio-convento, sob um regime opressivo, é a verdadeira elegia de Saramago para todos aqueles que, embora ficcionais, traduzem a essência de ser português:
- GRANDES FEITOS, COM GRANDE ESFORÇO E CAPACIDADE DE SOFRIMENTO
Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão
- O padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão representa as novas ideias que causavam estranheza na inculta sociedade portuguesa.
- Estrangeirado, Bartolomeu de Gusmão tornou-se um alvo apetecido da chacota da corte e da Inquisição, apesar da protecção real.
- Homem curioso e grande orador sacro (a sua fama aproxima-o do padre António Vieira).
- Bartolomeu de Gusmão evidenciou, ao longo da obra, uma profunda crise de fé, a que as leituras diversificadas e a postura "antidogmática" não serão alheios, numa busca incessante do saber.
- A sua personagem risível - era conhecido por "Voador" - torna-o elemento catalisador do voo da passarola, conjuntamente com Baltasar e Blimunda.
- A tríade corporiza o sonho e o empenho tornados realidade, a par da desgraça, também ela, partilhada (loucura e morte, em Toledo, de Bartolomeu de Gusmão, morte de Baltasar Sete-Sóis no auto-de-fé e solidão de Blimunda).
- Estrangeirado, Bartolomeu de Gusmão tornou-se um alvo apetecido da chacota da corte e da Inquisição, apesar da protecção real.
- Homem curioso e grande orador sacro (a sua fama aproxima-o do padre António Vieira).
- Bartolomeu de Gusmão evidenciou, ao longo da obra, uma profunda crise de fé, a que as leituras diversificadas e a postura "antidogmática" não serão alheios, numa busca incessante do saber.
- A sua personagem risível - era conhecido por "Voador" - torna-o elemento catalisador do voo da passarola, conjuntamente com Baltasar e Blimunda.
- A tríade corporiza o sonho e o empenho tornados realidade, a par da desgraça, também ela, partilhada (loucura e morte, em Toledo, de Bartolomeu de Gusmão, morte de Baltasar Sete-Sóis no auto-de-fé e solidão de Blimunda).
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Blimunda Sete-Luas
- Blimunda é o segundo membro do casal protagonista da narrativa. Mulher sensual e inteligente, Blimunda vive sem subterfúgios, sem regras que a condicionem e escravizem.
- Dotada de poderes invulgares, como a mãe, escolhe Baltasar para partilhar a sua vida, numa existência de amor pleno, de liberdade, sem compromissos e sem culpa.
- Blimunda representa o transcendente e a inquietação constante do ser humano em relação à morte, ao amor, ao pecado e à existência de Deus.
- O seu dom particular (ecovisão, ou seja a capacidade de ver por dentro) transfigura esta personagem, aproximando-a da espiritualidade da música de Scarlatti e do sonho de Bartolomeu de Gusmão.
- Ao visualizar a essência dos que a rodeiam, Blimunda transgride os códigos existentes e percepciona a hipocrisia e a mentira.
- Dotada de poderes invulgares, como a mãe, escolhe Baltasar para partilhar a sua vida, numa existência de amor pleno, de liberdade, sem compromissos e sem culpa.
- Blimunda representa o transcendente e a inquietação constante do ser humano em relação à morte, ao amor, ao pecado e à existência de Deus.
- O seu dom particular (ecovisão, ou seja a capacidade de ver por dentro) transfigura esta personagem, aproximando-a da espiritualidade da música de Scarlatti e do sonho de Bartolomeu de Gusmão.
- Ao visualizar a essência dos que a rodeiam, Blimunda transgride os códigos existentes e percepciona a hipocrisia e a mentira.
Baltasar Sete-Sóis
Baltasar Mateus é um dos membros do casal protagonista da narrativa.
- Representa a crítica do narrador à desumanidade da guerra, uma vez que participa na Guerra da Sucessão (1704-1712) e, depois de perder a mão esquerda, é excluído do exército.
- Construído enquanto arquétipo da condição humana, Baltasar Sete-Sóis é um homem pragmático e simples, que assume o papel de demiurgo, o deus criador, na construção da passarola (ao realizar o sonho de Bartolomeu de Gusmão).
- Participa na construção do convento e partilha, através do silêncio, a vida de Blimunda Sete-Luas.
- Sucumbe às mãos da Inquisição.
- Representa a crítica do narrador à desumanidade da guerra, uma vez que participa na Guerra da Sucessão (1704-1712) e, depois de perder a mão esquerda, é excluído do exército.
- Construído enquanto arquétipo da condição humana, Baltasar Sete-Sóis é um homem pragmático e simples, que assume o papel de demiurgo, o deus criador, na construção da passarola (ao realizar o sonho de Bartolomeu de Gusmão).
- Participa na construção do convento e partilha, através do silêncio, a vida de Blimunda Sete-Luas.
- Sucumbe às mãos da Inquisição.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
D. Maria Ana Josefa
- A rainha representa a mulher que só através do sonho se liberta da sua condição aristocrática para assumir a sua feminilidade. D. Maria Ana é caracterizada como uma mulher
- Passiva,
- Insatisfeita,
- Que vive um casamento baseado na aparência, na sexualidade reprimida e num falso código ético, moral e religioso.
- A transgressão onírica é a única expressão da rainha que sucumbe, posteriormente, ao sentimento de culpa. A pecaminosa atracção incestuosa que sente por D. Francisco, seu cunhado, conduzem-na a uma busca constante de redenção através da oração e da confissão - COMPLEXO DE CULPA.
- A rainha vive num ambiente repressivo, cujas proibições regem a sua existência e para a qual não há fuga possível, a não ser através do sonho, onde pode explorar a sua sensualidade.
- Consciente da virilidade e da infidelidade do marido (abundam os filhos bastardos), D. Maria Ana assume uma atitude de passividade e de infelicidade perante a vida.
personagens D.João V
- Amante dos prazeres humanos, a figura real é construída através do olhar crítico do narrador, de forma multifacetada:
- É o devoto fanático que submete um país inteiro ao cumprimento de uma promessa pessoal (a construção do convento, de modo a garantir a sucessão) e que assiste aos autos-de-fé;
- É o marido que não evidencia qualquer sentimento amoroso pela rainha, apresentando nesta relação uma faceta quase animalesca, enfatizada pela utilização de vocábulos que remetem para esta ideia (como a forma verbal" emprenhou" e o adjectivo "cobridor");
- É o megalómano que desvia as riquezas nacionais para manter uma corte dominada pelo luxo, pela corrupção e pelo excesso;
- É o rei vaidoso que se equipara o Deus nas suas relações com as religiosas;
- É o curioso que se interessa pelas invenções do padre Bartolomeu de Gusmão;
- É o esteta que convida Domenico Scarlatti a permanecer em Portugal;
- É o homem que teme a morte e que antecipa a sua imortalidade, através da sagração do convento no dia do seu quadragésimo primeiro aniversário.
Bibliografia de José Saramago
Caim, 2009
A Viagem do Elefante, 2008
As Pequenas Memórias, 2006
As Intermitências da Morte, 2005
Ensaio Sobre a Lucidez, 2004
O Homem Duplicado, 2002
A Maior Flor do Mundo, 2001
A Caverna, 2000
O Conto da Ilha Desconhecida, 1997
Todos os Nomes, 1997
Ensaio Sobre a Cegueira, 1995
Cadernos de Lanzarote (I-V), 1994
O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991
História do Cerco de Lisboa, 1989
A Jangada de Pedra, 1986
O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984
Memorial do Convento, 1982
Viagem a Portugal, 1981
Levantado do Chão, 1980
Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido, 1979
Objecto Quase, 1978
Os Apontamentos, 1977
Manual de Pintura e Caligrafia, 1977
O Ano de 1993, 1975
As Opiniões que o DL Teve, 1974
A Bagagem do Viajante, 1973
Deste Mundo e do Outro, 1971
Provavelmente Alegria, 1970
Os Poemas Possíveis, 1966
Terra do Pecado, 1947
A Viagem do Elefante, 2008
As Pequenas Memórias, 2006
As Intermitências da Morte, 2005
Ensaio Sobre a Lucidez, 2004
O Homem Duplicado, 2002
A Maior Flor do Mundo, 2001
A Caverna, 2000
O Conto da Ilha Desconhecida, 1997
Todos os Nomes, 1997
Ensaio Sobre a Cegueira, 1995
Cadernos de Lanzarote (I-V), 1994
O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991
História do Cerco de Lisboa, 1989
A Jangada de Pedra, 1986
O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984
Memorial do Convento, 1982
Viagem a Portugal, 1981
Levantado do Chão, 1980
Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido, 1979
Objecto Quase, 1978
Os Apontamentos, 1977
Manual de Pintura e Caligrafia, 1977
O Ano de 1993, 1975
As Opiniões que o DL Teve, 1974
A Bagagem do Viajante, 1973
Deste Mundo e do Outro, 1971
Provavelmente Alegria, 1970
Os Poemas Possíveis, 1966
Terra do Pecado, 1947
biografia de José Saramago
- Nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã
- No dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18.
- Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade.
- Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.
- Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.
- No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.
- Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção.
- Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
- Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
- No dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18.
- Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade.
- Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.
- Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.
- No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.
- Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção.
- Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
- Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Luís de Sttau Monteiro Bibliografia
- Dramaturgo, encenador
- Jornalista e romancista português (1926-1993),
- Conhecido sobretudo pela peça em dois actos Felizmente Há Luar (1961)
- Ganhou o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores
- Representado no nosso país apenas em 1978, devido à intervenção da censura.
A sua carreira literária iniciou-se em 1960
- Com a publicação do romance Um Homem não Chora
- 1961 Obra de prosa ficcional, Angústia para o Jantar.
As suas sátiras sobre a ditadura e a Guerra Colonial tornaram-no objecto de perseguição política, chegando mesmo o autor a ser preso.
Felizmente Há Luar!
2010 Areal Editores
Felizmente Há Luar! - Ensino Secundário
2010 Ideias de Ler
E se for rapariga, chama-se Custódia!
2003 Areal Editores
Um Homem não Chora
2003 Areal Editores
Redacções da Guidinha
2003 Areal Editores
Angústia para o Jantar
2002 Areal Editores
- Jornalista e romancista português (1926-1993),
- Conhecido sobretudo pela peça em dois actos Felizmente Há Luar (1961)
- Ganhou o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores
- Representado no nosso país apenas em 1978, devido à intervenção da censura.
A sua carreira literária iniciou-se em 1960
- Com a publicação do romance Um Homem não Chora
- 1961 Obra de prosa ficcional, Angústia para o Jantar.
As suas sátiras sobre a ditadura e a Guerra Colonial tornaram-no objecto de perseguição política, chegando mesmo o autor a ser preso.
Felizmente Há Luar!
2010 Areal Editores
Felizmente Há Luar! - Ensino Secundário
2010 Ideias de Ler
E se for rapariga, chama-se Custódia!
2003 Areal Editores
Um Homem não Chora
2003 Areal Editores
Redacções da Guidinha
2003 Areal Editores
Angústia para o Jantar
2002 Areal Editores
OS SÍMBOLOS
- Saia verde: A saia encontra-se associada à felicidade e foi comprada numa terra de liberdade: Paris, no Inverno, com o dinheiro da venda de duas medalhas. "alegria no reencontro"; a saia é uma peça eminentemente feminina e o verde encontra-se destinado à esperança de que um dia se reponha a justiça. Sinal do amor verdadeiro e transformador, pois Matilde, vencendo aparentemente a dor e revolta iniciais, comunica aos outros esperança através desta simples peça de vestuário. O verde é a cor predominante na natureza e dos campos na Primavera, associando-se à força, à fertilidade e à esperança.
Título: duas vezes mencionado, inserido nas falas das personagens:
(por D.Miguel, que salienta o efeito dissuador das execuções e por Matilde, cujas palavras remetem para um estímulo para que o povo se revolte).
A luz – como metáfora do conhecimento dos valores do futuro (igualdade, fraternidade e liberdade), que possibilita o progresso do mundo, vencendo a escuridão da noite (opressão, falta de liberdade e de esclarecimento), advém quer da fogueira quer do luar. Ambas são a certeza de que o bem e a justiça triunfarão, não obstante todo o sofrimento inerente a eles. Se a luz se encontra associada à vida, à saúde e à felicidade, a noite e as trevas relacionam-se com o mal, a infelicidade, o castigo, a perdição e a morte. A luz representa a esperança num momento trágico.
Noite: mal, castigo, morte, símbolo do obscurantismo
Lua: simbolicamente, por estar privada de luz própria, na dependência do Sol e por atravessar fases, mudando de forma, representa: dependência, periodicidade. A luz da lua, devido aos ciclos lunares, também se associa à renovação. A luz do luar é a força extraordinária que permite o conhecimento e a lua poderá simbolizar a passagem da vida para a morte e vice-versa, o que aliás, se relaciona com a crença na vida para além da morte.
Luar: duas conotações: para os opressores, mais pessoas ficarão avisadas e para os oprimidos, mais pessoas poderão um dia seguir essa luz e lutar pela liberdade.
Fogueira: D. Miguel Forjaz – ensinamento ao povo; Matilde – a chama mantém-se viva e a liberdade há-de chegar.
O fogo é um elemento destruidor e ao mesmo tempo purificador e regenerador, sendo a purificação pela água complementada pela do fogo. Se no presente a fogueira se relaciona com a tristeza e escuridão, no futuro relacionar-se-á com esperança e liberdade.
Moeda de cinco reis – símbolo do desrespeito que os mais poderosos mantinham para com o próximo, contrariando os mandamentos de Deus.
Tambores – símbolo da repressão sempre presente.
Título: duas vezes mencionado, inserido nas falas das personagens:
(por D.Miguel, que salienta o efeito dissuador das execuções e por Matilde, cujas palavras remetem para um estímulo para que o povo se revolte).
A luz – como metáfora do conhecimento dos valores do futuro (igualdade, fraternidade e liberdade), que possibilita o progresso do mundo, vencendo a escuridão da noite (opressão, falta de liberdade e de esclarecimento), advém quer da fogueira quer do luar. Ambas são a certeza de que o bem e a justiça triunfarão, não obstante todo o sofrimento inerente a eles. Se a luz se encontra associada à vida, à saúde e à felicidade, a noite e as trevas relacionam-se com o mal, a infelicidade, o castigo, a perdição e a morte. A luz representa a esperança num momento trágico.
Noite: mal, castigo, morte, símbolo do obscurantismo
Lua: simbolicamente, por estar privada de luz própria, na dependência do Sol e por atravessar fases, mudando de forma, representa: dependência, periodicidade. A luz da lua, devido aos ciclos lunares, também se associa à renovação. A luz do luar é a força extraordinária que permite o conhecimento e a lua poderá simbolizar a passagem da vida para a morte e vice-versa, o que aliás, se relaciona com a crença na vida para além da morte.
Luar: duas conotações: para os opressores, mais pessoas ficarão avisadas e para os oprimidos, mais pessoas poderão um dia seguir essa luz e lutar pela liberdade.
Fogueira: D. Miguel Forjaz – ensinamento ao povo; Matilde – a chama mantém-se viva e a liberdade há-de chegar.
O fogo é um elemento destruidor e ao mesmo tempo purificador e regenerador, sendo a purificação pela água complementada pela do fogo. Se no presente a fogueira se relaciona com a tristeza e escuridão, no futuro relacionar-se-á com esperança e liberdade.
Moeda de cinco reis – símbolo do desrespeito que os mais poderosos mantinham para com o próximo, contrariando os mandamentos de Deus.
Tambores – símbolo da repressão sempre presente.
ESPAÇO
Espaço físico: a acção desenrola-se em diversos locais, exteriores e interiores, mas não há nas indicações cénicas referência a cenários diferentes
Espaço social: meio social em que estão inseridas as personagens, havendo vários espaços sociais, distinguindo-se uns dos outros pelo vestuário e pela linguagem das várias personagens
Espaço social: meio social em que estão inseridas as personagens, havendo vários espaços sociais, distinguindo-se uns dos outros pelo vestuário e pela linguagem das várias personagens
TEMPO
- Tempo histórico: século XIX
- Tempo da escrita: 1961, época dos conflitos entre a oposição e o regime salazarista
- Tempo da representação: 1h30m/2h
- Tempo da acção dramática: a acção está concentrada em 2 dias
- Tempo da narração: informações respeitantes a eventos não dramatizados, ocorridos no passado, mas importantes para o desenrolar da acção
- Tempo da escrita: 1961, época dos conflitos entre a oposição e o regime salazarista
- Tempo da representação: 1h30m/2h
- Tempo da acção dramática: a acção está concentrada em 2 dias
- Tempo da narração: informações respeitantes a eventos não dramatizados, ocorridos no passado, mas importantes para o desenrolar da acção
Biografia de Luís de Sttau Monteiro
Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro
- Nasceu no dia 3 de Abril de 1926, em Lisboa.
- Com dez anos, foi para Londres com o pai, que exercia funções de embaixador de Portugal.
- Regressa a Portugal em 1943
- No momento em que o pai é demitido do cargo por Salazar.
- Licenciou-se em Direito em Lisboa, exercendo advocacia por algum tempo.
- Depois, volta a Londres, onde se torna um condutor de fórmula 1.
- Mas é em Portugal onde dá os primeiros passos na literatura:
Colabora em várias publicações, destacando-se a revista Almanaque e o suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa; cria a secção Guidinha no mesmo jornal.
- Em 1961, publicou a peça de teatro Felizmente Há Luar, distinguida com o Grande Prémio de Teatro. Porém, a representação foi proibida pela censura.
Só viria a ser representada em 1978 no Teatro Nacional. A peça foi um grande sucesso, tendo sido vendidos 160 mil exemplares. Em 1967, Luís de Sttau Monteiro foi preso pela Pide após a publicação das peças de teatro A Guerra Santa e A Estátua. Estas eram sátiras que criticavam a ditadura e a guerra colonial.
Em 1971, com Artur Ramos, adaptou ao teatro o romance de Eça de Queirós A Relíquia, representada no Teatro Maria Matos. Mais tarde escreveu também o romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão, adaptada como novela televisiva em 1982 com o título Chuva na Areia.
- Nasceu no dia 3 de Abril de 1926, em Lisboa.
- Com dez anos, foi para Londres com o pai, que exercia funções de embaixador de Portugal.
- Regressa a Portugal em 1943
- No momento em que o pai é demitido do cargo por Salazar.
- Licenciou-se em Direito em Lisboa, exercendo advocacia por algum tempo.
- Depois, volta a Londres, onde se torna um condutor de fórmula 1.
- Mas é em Portugal onde dá os primeiros passos na literatura:
Colabora em várias publicações, destacando-se a revista Almanaque e o suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa; cria a secção Guidinha no mesmo jornal.
- Em 1961, publicou a peça de teatro Felizmente Há Luar, distinguida com o Grande Prémio de Teatro. Porém, a representação foi proibida pela censura.
Só viria a ser representada em 1978 no Teatro Nacional. A peça foi um grande sucesso, tendo sido vendidos 160 mil exemplares. Em 1967, Luís de Sttau Monteiro foi preso pela Pide após a publicação das peças de teatro A Guerra Santa e A Estátua. Estas eram sátiras que criticavam a ditadura e a guerra colonial.
Em 1971, com Artur Ramos, adaptou ao teatro o romance de Eça de Queirós A Relíquia, representada no Teatro Maria Matos. Mais tarde escreveu também o romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão, adaptada como novela televisiva em 1982 com o título Chuva na Areia.
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